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Como cultivar uma mente mais serena?

A prática da meditação oferece um caminho.

A atenção é uma flecha disparada com precisão,

em uma manhã calma, de leve brisa,

que acerta o seu alvo com a claridade do sol.

O desenvolvimento da atenção é uma arte a ser praticada. A plena atenção é como o antídoto para uma série de distorções e confusões que criamos, e que geram sofrimento.

A meditação é um instrumento pedagógico, que visa educar a atenção e a percepção. Antes de aprendermos sobre as coisas e seus significados, deveríamos aprender a percebê-las. Deveríamos ser ensinados a ver, ficar perceptíveis e sensíveis. A inteligência - diferente de acumular conhecimento e informação - é um fenômeno de claridade e visão das coisas como elas são.

Os passos para o aprendizado da atenção e da percepção são pragmáticos. A prática nos ensina a fundar os alicerces e a erguer a perspectiva. Fazemos isso na meditação aprendendo a sentar, ajustando a postura e a focalizando a atenção.

Desde que a base esteja fundada, o estudo e a prática se tornam o leme.

O problema da má condução e as interpretações errôneas dificultam o sentido da meditação para muitas pessoas, assim como o caráter religioso

e simbólico associado a ela.

A prática da meditação independe de contexto religioso, de crença, de rituais, de guias. Seus princípios são demasiadamente simples. Qualquer pessoa de boa vontade e com um pouco de disciplina pode se beneficiar e criar uma condição auspiciosa ao seu redor.

A meditação é uma prática de assentamento da atenção (objetiva) no presente e de purificação da percepção, por meio do cultivo da atenção focalizada. Na prática da meditação, podemos iniciar concentrando a atenção em algum ponto, e aí repousar nossa mente. Após esse primeiro passo, passamos a manter nossa percepção aberta à toda experiência no presente. Esses dois modos de fazer a prática fundamentam as bases pedagógicas da meditação.

A atenção focaliza a realidade através de um objeto no presente. O desenvolvimento da atenção na meditação (shamatha) traz como produto a percepção – o dar-se conta - , o conhecimento intuitivo, a consciência, o insight ou a experiência do vipassana. Se a consciência tem a capacidade de se diferenciar do objeto percebido, aquilo que percebe - sensações, emoções, ideias, imagens, pensamentos – ela pode manter-se livre na meditação.

Uma vez livre, a consciência é capaz de penetrar em diferentes níveis de experiência, observando os processos psicológicos, os estados emocionais e as sensações, indiferentemente. O praticante poderá perceber seus próprios jogos em seu interior, seus automatismos, suas distorções perceptivas, sua confusão e seus padrões pessoais. Estes se tornam também objetos de atenção perceptual.

Neste processo, podemos perceber nossos padrões sem sermos afetados por eles. Caso contrário, perderíamos a consciência daquilo que vemos, deixando de manter uma atitude contemplativa. É possível, através da prática da meditação, conhecermos e permanecermos em uma quietude imóvel e silenciosa, mesmo sob a agitação superficial de pensamentos, emoções e sensações.

 

No Vale do Ser, temos um núcleo de trabalho dedicado ao estudo e prática da meditação.

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